Xangai, China
Vive e trabalha em Nova York

Abraçando culturas e conectando-as usando fragmentos de lã, o conceito de “reciclar” o que é considerado abandonado é inspirado em sua avó, que, durante tempos difíceis, desmanchava suéteres para tricotar novos, criando formas interessantes e uma paleta de cores inesperada, que vai além da ideia de reciclagem, e fala sobre o amor parental e a conexão entre a beleza externa e interna. Em seu trabalho, Zhang cria jardins semi-abstratos, paisagens vagamente concretas, silhuetas de animais, rios tranquilos e camadas de montanhas coloridas, celebrando a mitologia da vida e da natureza.

No trabalho de Zhang, o material domina, e as ideias seguem. Ela percebe a cor, a textura e a temperatura da lã e deixa o material guiá-la em direção ao esclarecimento místico. Seu trabalho cria um Jardim do Éden, onde ela se mergulha em um reino de cores, noites frescas no deserto ou tardes tranquilas sobre o lago. Ela estende ainda mais o palácio de suas memórias para capturar o poder oculto dentro de objetos aparentemente mundanos. Como nas tradicionais pinturas chinesas em tinta, a maneira de trabalhar de Zhang não permite consertos ou ajustes, mas sim um processo improvisado, guiado pela inspiração momentânea e pelas habilidades técnicas. Embora as obras não retratem o Oriente, seu pensamento artístico é intrinsecamente oriental.