Fortaleza, Brasil
Vive e trabalha em São Paulo

A relação entre o corpo, a natureza e o processo de automação das máquinas é a principal tensão explorada no trabalho do artista Juno B. Com uma produção focada em vídeo e instalação, Juno B une mitologias, carros, o corpo em transformação e processos dialéticos sobre existência, cosmogonia fantástica e tempo.

Seu trabalho investiga os limites da discussão entre o que é natural e o que é construído, evocando realidades e universos paralelos nos quais a natureza assume um caráter gerador, e não conformado. O uso do 3D em seus filmes possui uma proposição conceitual que questiona as realidades físicas como falácias em um tempo como o nosso, no qual passado e futuro podem ser pensados de maneira espiralar. Suas obras propõem um deslocamento da percepção tradicional, onde a relativização da natureza e da imagem redefine a forma como experimentamos a existência e seus ciclos.

Juno B graduou-se em Comunicação Social pela Universidade de Fortaleza (2008) e obteve um Mestrado em Artes, com especialização em Graphic Moving Images, pela University of the Arts London – College of Communication (2011). Também integrou o grupo de estudos decoloniais Lastro, em São Paulo (2017–2019). Seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas como Talvez nosso único elo seja a humanidade fracassada, Festival Kino Beat, Porto Alegre (2021); KEBRANTO/BOITATÁ (coautoria com Jonas Van), Tunnel Tunnel, Lausanne (2021); e Criaturas de fronteira, Homeostasis, online (2021). Juno B recebeu diversos prêmios, incluindo o suporte do Fonds Culturel Sud – Artlink (2021), o prêmio Brasil Design Award – Ouro na categoria Digital Design pelo Museu Itamar Assumpção (2021) e o Prêmio Multishow de Música na categoria Melhor Capa de Álbum (Taurina, de Anelis Assumpção, 2019). Também foi reconhecido com menção especial no Master in Arts pela University of the Arts London (2011) e recebeu o prêmio Temporada de Arte Cearense pelo projeto Zona de Litígio, Centro Cultural Dragão do Mar (2015).