Recife, Brasil
Vive e trabalha em Recife









O corpo e o som são os principais materiais na obra de Izidoro. A artista desenvolve uma pesquisa que utiliza o corpo como a instalação central em exibição. Essencial para a existência de seu trabalho, o corpo é colocado no centro do palco como fonte de energia, equipado com conectores que captam seus movimentos musculares e os transmitem a um receptor, que traduz a intensidade dos gestos em som. A partir desse resultado, Iara reflete sobre o poder do corpo não apenas como construção social, mas também como organismo vivo, posicionando-o como uma força geradora da natureza.
A obra de Izidoro está profundamente ligada à noção da ciência como ferramenta estética para desafiar conceitos ultrapassados sobre a vida e a matéria, desconectados de um pensamento abstrato sobre a existência. Sua prática artística refuta ideologias fixas sobre o corpo e investiga seus limites e possibilidades como entidade em constante mutação. Dessa forma, ela cria uma experiência que desfoca as fronteiras entre a percepção científica e a abstração artística, permitindo que o corpo transcenda suas restrições naturais e se revele como um símbolo de potencial infinito e transformação.
- Supernova 1572, Yehudi Hollander Pappi, São Paulo, Brasil [2025]